O volume de consumidores com contas em atraso segue elevado em todo o
país, refletindo o quadro de dificuldades das famílias. No último mês
de setembro aumentou em 3,9% a quantidade de novos inadimplentes na
comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de
Proteção ao Crédito, a partir das bases as quais ambas instituições têm
acesso. Em número absoluto, estima-se que cerca de 62,4 milhões de
brasileiros estejam com restrições ao CPF, o que representa 40,6% da
população adulta acima de 18 anos.
Se na comparação anual houve um aumento de brasileiros com contas
atrasadas, na comparação mensal a inadimplência apresentou ligeira
queda. Na passagem de agosto para setembro, sem ajuste
sazonal, quantidade de pessoas inadimplentes ficou praticamente estável,
com variação de 0,1%. Para o presidente da CNDL, José Cesar da Costa, a
inadimplência continua alta no país. “O desemprego permanece elevado e a
renda não superou os patamares anteriores à crise, prejudicando o
orçamento e a capacidade de pagamento dos consumidores. Esse quadro deve
só deve ser revertido com a melhora do mercado de trabalho, o que exige
por sua vez uma recuperação econômica mais vigorosa”, explica o
presidente.
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