A polícia civil de Pernambuco está à procura de três homens e uma
mulher acusados de lesão grave e ameaça contra a produtora e servidora
pública Paula Pinheiro Ramos Pessoa Guerra, 37. Ela foi espancada na
noite do domingo, 7, em um bar na zona norte do Recife, supostamente por
utilizar adesivos e bottons em apoio ao candidato à Presidência da
República nas eleições 2018 Ciro Gomes (PDT) e ao movimento #EleNão, que
faz oposição ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).
De acordo com a delegada Morgana Alves, que registrou o boletim de
ocorrência nesta quinta-feira, 11, Paula estava no bar acompanhado de um
amigo, quando foi questionada pelos homens sobre “o porquê de não votar
em Bolsonaro”. O grupo discutiu, quando uma mulher começou a agredir a
servidora com socos, enquanto os homens impediam que os funcionários do
bar e outros clientes interrompessem a agressão.
A mulher foi salva por um dos garçons que conseguiu esconder Paula na
cozinha do estabelecimento até que o grupo acusado de cometer as
agressões saísse do local. A vítima ficou com hematomas pelo rosto e
teve um dos braços quebrados. Nesta quinta-feira, ela foi submetida a
exames traumatológicos no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife.
“Durante a discussão ela ainda conseguiu filmar os homens, no
entanto, a agressora pegou o celular dela e quebrou. Foi um crime de
motivação política. As investigações vão continuar no intuito de
identificar os acusados e puni-los”, afirmou a delegada.
“Vamos prestar toda a assistência a essa vítima e monitorar esse caso
para que não volte a se repetir com outras mulheres”, disse a
secretária da mulher de Pernambuco, Silvia Cordeiro.
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