Nesta segunda(15), veio a público um relato da jornalista Juliana
Celli, que integra o quadro da assessoria de comunicação da Assembleia
Legislativa, sobre um diálogo ocorrido na última quinta-feira (11),
dentro daquela casa parlamentar, entre ela e o deputado estadual Getúlio
Rêgo (DEM).
Em postagem em uma rede social e em grupos de imprensa no Whatsapp,
a jornalista diz que foi constrangida e hostilizada pelo deputado ao
ser questionada sobre seu voto para presidente. Segundo ela, ao
responder que anularia o voto por não concordar com propostas e
ideologias de nenhum dos candidatos, o deputado Getúlio Rêgo a teria
agredido verbalmente e dito que ela “deveria votar em quem o chefe
mandasse” ou “pedir exoneração do cargo (de confiança)”.
A jornalista diz ainda que pensou em não trazer o fato a público, mas
que decidiu fazê-lo em nome do “voto livre” e do “não à intolerância
política”.
Ao tomar conhecimento do fato, o Sindicato dos Jornalistas do RN emitiu uma nota repudiando “veementemente atos como o praticado pelo deputado estadual
Getúlio Rêgo contra a jornalista Juliana Celli, no interior da
Assembleia Legislativa, durante o expediente de trabalho”.
Em entrevista ao portalnoar.com.br, o deputado estadual Getúlio Rêgo
disse estar surpreso com a versão publicada pela jornalista; afirmou que
são “inverdades”; negou que a tenha chamado de “mentirosa” ou
“corrupta”; alegou que não é e nunca foi superior dela ela na Assembleia
Legislativa, visto que a jornalista nunca foi ligada ao seu gabinete, e
classificou toda a conversa como uma “brincadeira” com a jornalista,
com a qual até então sempre se deu muito bem, nas palavras de ambos.
O deputado atribuiu as declarações da jornalista à “instabilidade
emocional”, mas admitiu que disse a ela, na presença de testemunhas, que
“eticamente, se ela discorda e não vota em um candidato apoiado pelo
presidente da Assembleia, deveria entregar o cargo de confiança que
ocupa”. Getulio Rêgo adiantou ainda que irá se pronunciar sobre o caso
durante a sessão desta terça(16), na tribuna da Assembleia Legislativa.
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