O cumprimento das metas do Acordo de Paris a respeito da redução de
emissões poluentes pode salvar cerca de um milhão de vidas por ano no
mundo todo, alertaram representantes da Organização Mundial da Saúde
(OMS) na Cúpula do Clima realizada na cidade de Katowice, na Polônia.
“É evidente que a mudança climática já está tendo um impacto severo
na vida e na saúde das pessoas, e ameaça os pilares de uma boa saúde: ar
limpo, água potável, provisão de alimentos nutritivos e um teto
seguro”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
De acordo com Ghebreyesus, “se a mudança climática seguir avançando,
acabará com décadas de progresso na saúde mundial, por isso é necessário
agir de maneira imediata para diminuir os seus efeitos”.
Segundo a OMS, nove a cada dez pessoas no mundo respiram ar poluído, o
que provoca sete milhões de mortes por ano por causas diretamente
relacionadas com a poluição.
A organização calcula que nos 15 países que emitem a maior quantidade
de emissões de gases do efeito estufa, estima-se que os impactos da
poluição do ar na saúde custem mais de 4% do PIB, enquanto as ações para
alcançar os objetivos do Acordo de Paris custariam cerca de 1% do PIB
mundial.
“A autêntica fatura da mudança climática é sentida em nossos
hospitais e em nossos pulmões”, lamentou Maria Neira, diretora de Saúde
Pública da OMS, ao ressaltar que a luta contra a mudança climática é uma
oportunidade para melhorar a saúde da população mundial.
Segundo um relatório apresentado nesta quarta-feira pela OMS, a
mudança para fontes de energia limpa não só melhorará a qualidade do ar,
mas também se traduzirá em benefícios imediatos para a saúde em todo o
planeta, por isso a organização recomenda medidas como, por exemplo,
promover meios de transporte que exijam atividade física para prevenir
doenças cardiovasculares.
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