O advogado Valdir Montanari, conhecido no litoral paulista por usar
termos pouco comuns em processos judiciais, afirmou, em defesa
preliminar de uma ação contra ele, que o juiz Frederico dos Santos
Messias “ostenta nos meios em que circula o apelido de Capitão Gay”. Em
junho do ano passado, o profissional foi suspeso por seis meses por ameaçar o mesmo juiz durante outro processo.
O
caso mais recente também aconteceu em Santos, depois que o juiz
Frederico dos Santos, que responde pela 4ª Vara Cível, fez uma
representação contra Montanari no Ministério Público. O magistrado
aponta que o advogado cometeu crime de injúria.
No
processo de defesa preliminar escrito por Montanari, o advogado afirma
que o juiz “tem um milhão de defeitos”, sendo que “um deles é se achar
superior a Deus”. No trecho seguinte, Montanari, que também é físico
nuclear e jornalista, chama o juiz de “depravado”.
“Outro fato é o de ficar circulando pelas cercanias dos bairros Gonzaga,
Vila Rica e adjacências, exercendo a prática de homossexualismo. Ou
seja, é um juiz depravado, que não sabe se comportar como mandam os
preceitos da magistratura”, cita no item 17.
Para Montanari, o Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do
Brasil (EAOAB) permite que o advogado faça críticas a um juiz cujo
trabalho profissional “deixe muito a desejar”. Além das críticas, pede a
apuração do que ele considera infrações penais cometidas pelo
magistrado.
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