Após cerca de 200 profissionais terem desistido de ingressar
no programa Mais Médicos, o Ministério da Saúde informou na terça (4) que
vai reabrir as vagas a partir de amanhã (5). Esses profissionais
informaram aos municípios que não irão assumir o posto.
As informações sobre as vagas de desistência serão atualizadas diariamente.
As inscrições do edital de convocação para o programa vão até
sexta-feira (7), prazo para os interessados aderirem e escolherem
o município de atuação. Podem se inscrever somente médicos com registro
no Brasil. Os profissionais têm até o dia 14 deste mês para apresentação
nos municípios. Pelo cronograma, 18 de dezembro é a data para a
publicação da lista dos médicos homologados, para iniciarem as
atividades.
De acordo com o ministério, o principal motivo alegado pelos médicos
para desistência é incompatibilidade de horário com outras atividades
profissionais. Outra parcela informou que foi aprovada para residência
médica, recebeu nova proposta de trabalho ou problemas pessoais.
"Os médicos que decidirem não comparecer às atividades devem informar
ao município alocado, que comunicará a desistência ao Ministério da
Saúde. A pasta tem feito contato com os profissionais alocados por meio
do endereço eletrônico informado na inscrição, além de ligações
telefônicas. Mais de 3.000 ligações foram feitas no início desta
semana", informou a assessoria do ministério.
A jornada do programa prevê 40 horas semanais, em uma equipe de Saúde
da Família. Segundo a pasta, até as 18h desta terça-feira, das 34.653
inscrições, 23.951 foram concluídas e 8.405 vagas estavam preenchidas,
sendo que 3.276 médicos já se apresentaram ou começaram a trabalhar
"O edital do programa Mais Médicos é uma seleção para a ocupação de
vagas de médicos nos municípios. Assim, como todo processo seletivo, os
participantes possuem autonomia em assumir ou não a vaga selecionada, Em
caso de necessidade, o Ministério da Saúde irá realizar novas chamadas
até que complete o quadro de vagas do programa ", informou o Ministério
da Saúde.
O edital foi lançado para substituir os mais de 8 mil médicos cubanos
que deixaram o atendimento, após Cuba anunciar a saída do programa por
discordar de mudanças anunciadas pelo governo eleito.
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