O Brasil deverá colher 237,3 milhões de toneladas de grãos em 15
culturas diferentes na safra 2018/2019. Conforme estimativa da Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab), o volume representa crescimento de
9,5 milhões de toneladas em relação à safra anterior (4,2% a mais em
termos proporcionais).
Segundo a empresa, vinculada ao Ministério da Agricultura, a
produtividade será 3% maior na comparação com a safra 2017/2018. O
crescimento da safra de grãos ocorre com aumento de 1,2% da área
plantada (62,5 milhões de hectares no total).
Metade do volume da produção de grãos estimada é do plantio de soja
(118,8 milhões de toneladas) e 38,4% advêm das colheitas de milho,
colhido em duas safras por ano.
A produção de soja é 0,4% menor que 2017/2018 (numa área 1,7% maior).
De acordo com Cleverton Santana, superintendente de Informações do
Agronegócio da Conab, a cultura foi prejudicada pela falta de chuva em
meados de dezembro no Paraná e em Mato Grosso do Sul, quando a lavoura estava em floração e frutificação.
“As condições climáticas não nos levam a crer que teremos recorde de
produtividade de soja”, assinala Santana. Segundo ele, não está prevista
anormalidade em janeiro. Outras áreas de extensa produção de soja terão
boa colheita, como o Mato Grosso e o chamado “Matopiba”, acrônimo
criado com as iniciais dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e
Bahia.
O milho deve ter uma produção 12,9% maior. O amendoim terá alta de 10%. Arroz e feijão terão
queda de mais de 7%, por causa da redução da área plantada. A Conab
destaca ainda o crescimento da safra de algodão: produção 20,3% maior. A
maior parte do algodão deverá ser usada para a confecção de tecidos nos
mercados interno e externo.
O trigo plantado no sul do país também teve ganho de produção: 27,3% a
mais (total de 5,4 milhões de toneladas. Também tiveram altas outras
“culturas de inverno” como aveia, canola, centeio, cevada e triticale.
A Conab monitora as safras agrícolas há 40 anos. As estimativas são
feitas com base em cálculo estatístico, acompanhamento de custos de
produção e do pacote tecnológico usado nas lavouras, imagens de satélite
(índices de vegetação) e pesquisa de campo com produtores
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