A mãe de um menino de três anos procurou a polícia para denunciar que o
companheiro dela agrediu a criança com chineladas no rosto, no bairro
Benedito de Lira, em Teotônio Vilela, no Agreste de Alagoas.
O caso aconteceu na última quarta-feira (16), mas o Boletim de
Ocorrência (B.O) foi feito nesta quinta (17), conforme confirmou ao G1 o delegado do 79º Distrito Policial, Arthur César.
De acordo com o Conselho Tutelar do município, o companheiro dela, que é
padrasto do menino, foi identificado como Neudo José da Silva Alves
Júnior, 24.
Em entrevista à reportagem do G1,
a mãe do menino, que pediu para não ser identificada, contou que havia
deixado a criança com o padrasto para ir ao posto de saúde com um outro
filho, de sete meses.
"Eu deixei ele com o meu esposo porque eu confiava. Eu disse até assim:
'Quando você der comida a ele e der banho, leve ele para o posto', só
que eu esperei e nada. Quando eu cheguei era quatro [horas] e um
pouquinho. Ele disse: 'hoje eu fiz uma coisa que nunca tinha feito'.
Quando eu entrei pra dentro de casa, ele disse que deu duas chineladas
no menino e ficou a marca. Achei que era nos braços ou nas pernas, mas,
quando eu entrei no quarto, era no rosto", disse a mãe da criança.
Nas imagens, é possível ver os hematomas provocados pela sandália na
região do queixo e da bochecha do menino. De acordo com o delegado, o
inquérito já foi instaurado e Alves vai responder por maus-tratos.
Ainda de acordo com a mãe, o padrasto não contou o porquê de ter agredido a criança.
"Eu não sei o motivo. Até agora eu não sei o que dizer. Ele nunca fez
isso. Acho que o motivo dele foi porque o menino estava chorando
demais", disse ela ao afirmar que pediu para que Alves saísse de casa
por medo dele fazer algo pior.
"Ele não queria sair de casa. Fui para o conselho [tutelar] e me
levaram para [delegacia] Civil. Eu senti ódio, fui na delegacia e
denunciei. Até o próprio pai dele nunca triscou no menino".
Ainda de acordo com o Conselho Tutelar, a agressão chegou a ser
denunciada à polícia no mesmo dia, mas, por conta da demora na emissão
do Boletim de Ocorrência (B.O), o delegado deu uma guia para que o
menino fosse levado ao Instituo Médico Legal (IML) do município de
Arapiraca para fazer o exame de corpo de delito e a mãe retornasse nesta
quinta (17) para fazer o B.O. Via G1.
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