sexta-feira, janeiro 18, 2019

Madrugada de domingo para segunda traz ‘supereclipse lunar’.

Na madrugada deste domingo (20) para segunda-feira (21), teremos mais um eclipse total da Lua, que será visível em todo o território nacional. O fenômeno acontece quando Sol, Terra e Lua se alinham de forma que a sombra terrestre com seu simpático formato circular se projeta sobre o globo lunar.

Eclipses lunares são relativamente comuns, acontecendo em média duas vezes por ano, mas este em particular merece atenção, por dois motivos. O primeiro é que ele acontecerá de forma praticamente simultânea ao perigeu lunar -o ponto de máxima aproximação entre a Lua e a Terra. Nos últimos anos, uma Lua cheia durante o perigeu começou a ser chamada de “superlua” -um apelido exagerado, já que ela nem é tão “super” assim. Mas, por analogia, podemos dizer que teremos um “supereclipse lunar”. E o segundo motivo é que ele será o último total -ou seja, em que a sombra da Terra chega a cobrir totalmente o disco lunar- até 2021; em julho deste ano teremos um parcial, em que a sombra terrestre apenas dará uma “dentada” na Lua, e em 2020 serão quatro “quases” (os chamados eclipses lunares penumbrais, em que a luminosidade da Lua se reduz por alguns porcento, mas fica só nisso mesmo).

Bem, voltando ao eclipse lunar. O fenômeno inicia sua fase parcial, em que se pode ver uma gradual “dentada” escura na Lua, à 1h33 da manhã (no horário brasileiro de verão), e a fase total, em que nosso satélite natural vira um tijolão começa às 2h41. A Lua passará cerca de uma hora totalmente encoberta e, às 3h43, a fase total termina, com um eclipse parcial indo até as 4h50.

O que vem antes de 1h33 e depois de 4h50 são as fases chamadas penumbrais, em que há apenas uma suave redução da luminosidade solar total que chega à Lua. É possível medir essa variação com instrumentos adequados, mas a olho nu é praticamente imperceptível -até porque as condições atmosféricas terrestres também influenciam o nível de brilho da Lua, de forma que estamos acostumados a vê-la com diferentes níveis de luminosidade.
 
Para observar, você não precisa de nada a não ser os próprios olhos, e um pouco de sorte para o céu não estar encoberto por nuvens. Claro, olhar a Lua pelo binóculo ou telescópio é ainda mais bonito – com ou sem eclipse -, mas eles não são obrigatórios. Aproveite a vista para começar a semana útil inspirado -ou com sono, se tiver que acordar cedo no dia seguinte. Com informações da Folhapress.

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