Na madrugada deste domingo (20) para segunda-feira (21), teremos mais um
eclipse total da Lua, que será visível em todo o território nacional. O
fenômeno acontece quando Sol, Terra e Lua se alinham de forma que a
sombra terrestre com seu simpático formato circular se projeta sobre o
globo lunar.
Eclipses lunares são relativamente comuns, acontecendo em média duas
vezes por ano, mas este em particular merece atenção, por dois motivos. O
primeiro é que ele acontecerá de forma praticamente simultânea ao
perigeu lunar -o ponto de máxima aproximação entre a Lua e a Terra. Nos
últimos anos, uma Lua cheia durante o perigeu começou a ser chamada de
“superlua” -um apelido exagerado, já que ela nem é tão “super” assim.
Mas, por analogia, podemos dizer que teremos um “supereclipse lunar”.
E o segundo motivo é que ele será o último total -ou seja, em que a
sombra da Terra chega a cobrir totalmente o disco lunar- até 2021; em
julho deste ano teremos um parcial, em que a sombra terrestre apenas
dará uma “dentada” na Lua, e em 2020 serão quatro “quases” (os chamados
eclipses lunares penumbrais, em que a luminosidade da Lua se reduz por
alguns porcento, mas fica só nisso mesmo).
Bem, voltando ao eclipse lunar. O fenômeno inicia sua fase parcial,
em que se pode ver uma gradual “dentada” escura na Lua, à 1h33 da manhã
(no horário brasileiro de verão), e a fase total, em que nosso satélite
natural vira um tijolão começa às 2h41. A Lua passará cerca de uma hora
totalmente encoberta e, às 3h43, a fase total termina, com um eclipse
parcial indo até as 4h50.
O que vem antes de 1h33 e depois de 4h50 são as fases chamadas
penumbrais, em que há apenas uma suave redução da luminosidade solar
total que chega à Lua. É possível medir essa variação com instrumentos
adequados, mas a olho nu é praticamente imperceptível -até porque as
condições atmosféricas terrestres também influenciam o nível de brilho
da Lua, de forma que estamos acostumados a vê-la com diferentes níveis
de luminosidade.
Para observar, você não precisa de nada a não ser os próprios olhos, e
um pouco de sorte para o céu não estar encoberto por nuvens. Claro,
olhar a Lua pelo binóculo ou telescópio é ainda mais bonito – com ou sem
eclipse -, mas eles não são obrigatórios. Aproveite a vista para
começar a semana útil inspirado -ou com sono, se tiver que acordar cedo
no dia seguinte. Com informações da Folhapress.
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