O governador do Ceará, Camilo Santana, pediu ao ministro da Justiça e
Segurança Pública, Sergio Moro, o reforço do apoio dado pelo governo
federal no combate aos ataques promovidos por facções desde o início do
mês no estado. A ofensiva teria começado em reação à nomeação do
secretário de Administração Penitenciária, Luís Mauro Albuquerque, e às
medidas anunciadas como a não separação de presos em presídios por
facção.
Santana solicitou mais 90 agentes penitenciários para as ações nos
presídios do estado, além da manutenção da Força Nacional e dos agentes
enviados pelo governo federal. No dia 4 de janeiro, o ministro da
Justiça enviou inicialmente 300 homens, efetivo que foi acrescido de
outros 106 dois dias depois.
“A gente foi fazer um diagnóstico da situação e solicitações de
reforço de agentes penitenciários para as unidades prisionais do Ceará e
a necessidade de manter, mesmo com a queda significativa das ações, o
estado de alerta e monitoramento tanto das forças do estado quanto como
também a presença da Força Nacional”, informou o governador do Ceará,
após encontro com Moro.
Quanto ao prazo da presença da Força Nacional no estado, Santana
disse que não houve acerto para a prorrogação. A permanência inicial
definida foi de 30 dias, cujo encerramento seria no início de fevereiro.
De acordo com o governador, a situação será avaliada até o fim desse
período para ver se haverá necessidade de prorrogação.
Medidas
Camilo Santana disse que os ataques diminuíram, citando como exemplo o dia de ontem (16), quando foram registradas duas ocorrências. Contudo, a onda chegou hoje ao 15º dia sem perspectiva de encerramento.
Camilo Santana disse que os ataques diminuíram, citando como exemplo o dia de ontem (16), quando foram registradas duas ocorrências. Contudo, a onda chegou hoje ao 15º dia sem perspectiva de encerramento.
O governador defendeu as ações adotadas pelo governo estadual, como a
implantação da Lei de Execução Penal nas penitenciárias, a transferência
de líderes de facções para presídios federais, o policiamento ostensivo
nas ruas e o emprego de inteligência para evitar ataques. Santana
adicionou a sanção da lei da recompensa, a convocação de militares da
reserva e o aumento do limite de horas extras para oficiais e agentes.
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