Na reunião hoje (17) do embaixador da China, Yang Wanming, com o
ministro da Economia, Paulo Guedes, eles conversaram sobre
possibilidadesde de diversificação da pauta comercial entre os dois
países. De acordo com negociadores, Guedes disse que pretende fechar
mais parcerias bilaterais, principalmente na área de tecnologia, com o
principal destino das mercadorias brasileiras.
Segundo o Ministério da Economia, Guedes reafirmou a disposição do
Brasil de fazer negócios com o maior número possível de países, sem viés
ideológico. Segundo a fonte do ministério, a orientação está em linha
com os discursos de posse do presidente Jair Bolsonaro no Congresso
Nacional e no parlatório do Palácio do Planalto, em 1º de janeiro.
O Ministério da Economia informou que o governo preservará o
pragmatismo econômico em meio à “nova filiação brasileira de ver o modo
de civilização ocidental”. A pasta não pretende deixar de fechar
parcerias bilaterais por causa de questões ideológicas, declarou a
fonte.
A equipe econômica quer diversificar as exportações, estimulando a
venda de produtos de maior valor agregado para o mercado chinês e
diminuindo a participação das commodities (bens primários com cotação internacional).
No ano passado, o Brasil exportou US$ 64,2 bilhões para a China
(26,8% do total vendido para o exterior) e importou US$ 34,7 bilhões
(19,2% do total). Os principais produtos vendidos para o país asiático
foram soja em grão, petróleo bruto e minério de ferro.
Em contrapartida, as importações brasileiras da China concentraram-se
em produtos manufaturados e em bens de capital, como plataformas de
perfuração ou de exploração de minérios.
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