domingo, fevereiro 24, 2019

Ex-trapalhão Dedé Santana teme futuro do circo no país: 'Se continuar assim, vai acabar'.

Veterano no mundo circense, o humorista Dedé Santana se divide entre nostalgia e incerteza ao falar sobre a vida nos picadeiros. Aos 82 anos e ainda em atividade, o ex-trapalhão acredita que o circo pode estar com os dias contados por uma série de fatores, entre elas as exigências impostas aos organizadores. "Querem uma estrutura de grande empresa", lamenta.

Dedé, que conta ter começado a atuar em circo aos três meses de vida, analisa também que a preocupação com o tipo de piada feita nas apresentações é outra dificuldade. O humorista apresenta a peça "Palhaços" neste domingo (24), em Piracicaba (SP). 

Filho de artistas do circo, o humorista nasceu em São Gonçalo (RJ). Interpretou Dedé no programa humorístico Os Trapalhões, que foi ao entre 1977 e 1995 na TV Globo. Em 1998, participou de A Turma do Didi, e, em 2010, de As Aventuras do Didi.  

Para ele, as exigências impostas por prefeituras e Corpo de Bombeiros dificultam a organização dos espetáculos circenses. 

No entanto, segundo ele, passou a haver, cada vez mais, a preocupação com o teor das piadas feitas no palco, o que motiva os palhaços preferirem, muitas vezes, encenações mudas.

Além disso, passou a haver também regras e fiscalizações mais duras em relação a participação de animais nos picadeiros.

Segundo o ex-trapalhão, como reflexo disso, os circos ficam mais vazios e em menor quantidade, e os grupos circenses mudam de país para continuar as apresentações ou até mesmo encerrem as atividades. "É lamentável, porque o circo é a mãe de todas as artes", diz o humorista.

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