O Ministério Público de São Paulo e a Polícia Civil acreditam que o adolescente apreendido na manhã de ontem
(19) teve participação no atentado à Escola Estadual Raul Brasil, em
Suzano. Em entrevista coletiva concedida na tarde desta terça-feira em
Mogi das Cruzes, a polícia disse que o garoto pode ser um dos mentores
do crime. Segundo o Ministério Público, foi oferecida denúncia contra o
menor de idade por haver indícios de autoria e prova da materialidade,
mas isso, de acordo com o órgão, ainda será objeto de mais investigação.
“Ele é mentor intelectual [junto com o outro adolescente, autor dos
homicídios]. Comprou objetos que poderiam fazer ele participar daquele
delito. Teve participação dele com um dos autores na compra de outros
objetos e na idealização desse objeto”, disse o delegado Alexandre Dias.
A polícia ainda investiga porque ele não teve participação direta nas
mortes e apura se há envolvimento de outras pessoas no planejamento do
massacre.
O adolescente foi apreendido por ser suspeito de ter participado do
massacre e foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para a
realização de exame de corpo de delito, antes de ser apresentado ao
fórum. De lá, ele seguiu para uma unidade da Fundação Casa, que não
informada. Segundo o Ministério Público, a internação tem prazo de 45
dias e é improrrogável. Após esse prazo, caberá à Justiça se pronunciar a
respeito de uma apreensão definitiva, que pode durar no máximo três
anos.
De acordo com o MP, ele foi apreendido após diligências da polícia
analisarem o conteúdo de celular e tablet do jovem e indicarem a
participação dele no planejamento das mortes. A investigação tramita em
sigilo.
O jovem esteve acompanhado do advogado Marcelo Feller, indicado pelo
Instituto de Defesa do Direito de Defesa após a Defensoria Pública
informar que não poderá atuar na defesa do menor de idade, porque já
está trabalhando na defesa de vítimas do massacre. O advogado diz que o
adolescente nega participação no planejamento do ataque.
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