Uma quadrilha
faturou ao menos R$ 19 milhões com golpes aplicados por meio de falsificação de
boletos bancários, no Distrito Federal e em Goiás. Doze pessoas foram presas
ontem. Mas há outras investigadas, incluindo um servidor Superior Tribunal de
Justiça (STJ), suspeito de aumentar os ganhos do bando por meio da compra e
venda de moedas virtuais.
A investigação
que apurou os crimes em série resultou na Operação Ecommerce 2. Agentes
cumpriram mandados em 25 endereços do Plano Piloto, de São Sebastião, do Guará,
Recanto das Emas e em municípios goianos, como a capital do estado, Aparecida
de Goiânia, Anápolis e Hortolândia. Uma equipe apreendeu um computador no STJ.
O equipamento funcional era usado pelo servidor investigado.
Além de prender
os principais suspeitos e recolher material que será usado como prova, os
agentes apreenderam R$ 300 mil em espécie; 10 veículos de luxo; uma moto
aquática; uma lancha; e mais de 150 telefones celulares.
O delegado
Wisllei Salomão, chefe da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o
Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf), explica que os
investigadores chegaram aos 12 presos ontem após uma análise dos aparelhos e
documentos apreendidos na primeira fase da Operação Ecommerce, deflagrada em
junho de 2018. À época, dois homens foram presos no Cruzeiro, onde chegava a
maioria da mercadoria obtida pelos golpes com boleto.
“Trata-se de um
grupo que enganava as vítimas falsificando boletos de pagamentos. Não
necessariamente de compras da internet, mas de contas como as de luz. Eles
obtinham os dados deste documento para a fraude. Todas as informações eram
mantidas, menos o valor de pagamento e o código de barras”, explica o
diretor-geral da Polícia Civil do DF, Robson Cândido.
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