quarta-feira, março 20, 2019

Quadrilha do ‘golpe do boleto’ chegou a faturar R$ 19 milhões.

Uma quadrilha faturou ao menos R$ 19 milhões com golpes aplicados por meio de falsificação de boletos bancários, no Distrito Federal e em Goiás. Doze pessoas foram presas ontem. Mas há outras investigadas, incluindo um servidor Superior Tribunal de Justiça (STJ), suspeito de aumentar os ganhos do bando por meio da compra e venda de moedas virtuais.

A investigação que apurou os crimes em série resultou na Operação Ecommerce 2. Agentes cumpriram mandados em 25 endereços do Plano Piloto, de São Sebastião, do Guará, Recanto das Emas e em municípios goianos, como a capital do estado, Aparecida de Goiânia, Anápolis e Hortolândia. Uma equipe apreendeu um computador no STJ. O equipamento funcional era usado pelo servidor investigado.

Além de prender os principais suspeitos e recolher material que será usado como prova, os agentes apreenderam R$ 300 mil em espécie; 10 veículos de luxo; uma moto aquática; uma lancha; e mais de 150 telefones celulares.

O delegado Wisllei Salomão, chefe da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf), explica que os investigadores chegaram aos 12 presos ontem após uma análise dos aparelhos e documentos apreendidos na primeira fase da Operação Ecommerce, deflagrada em junho de 2018. À época, dois homens foram presos no Cruzeiro, onde chegava a maioria da mercadoria obtida pelos golpes com boleto.

“Trata-se de um grupo que enganava as vítimas falsificando boletos de pagamentos. Não necessariamente de compras da internet, mas de contas como as de luz. Eles obtinham os dados deste documento para a fraude. Todas as informações eram mantidas, menos o valor de pagamento e o código de barras”, explica o diretor-geral da Polícia Civil do DF, Robson Cândido.

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