Não haveria lugar mais indicado do que a terra dos descobridores para
Tite desbravar novos caminhos para a seleção brasileira. O Panamá não é
dos obstáculos mais desafiadores para a expedição de Adenor Leonardo
Bachi, é verdade, mas há muito a ser desvendado no amistoso deste
sábado, no Porto.
A Seleção não joga em Portugal desde 2003. Quanta coisa mudou, quanta
gente surgiu nesse longo hiato. E está surgindo. Alguns deles terão
neste sábado a chance de fincar raízes na Seleção. Uma colonização do
bem para quem aguarda o reencontro com o bom futebol.
A Copa América, a partir de 14 de junho, no Brasil, é o principal
objetivo do ano. Com jovens como Richarlison, Arthur e Paquetá em alta,
Tite usa amistosos como esse para entender melhor as conexões,
parcerias, posicionamentos, tudo que pode levá-lo ao título.
– É um processo de busca do equilíbrio, da criação que é essência,
mantendo uma ideia de futebol de posse, marcar em três setores, saber
construir vindo de trás. Encontrar links, sim. Comecei (os treinos) com
Richarlison na esquerda e Coutinho na direita, mas a verticalidade do
Richarlison na bola de fundo e sua presença de área do lado direito
produzem mais. O Everton poder trabalhar dos dois lados. O Neres colocar
que prefere o lado direito porque faz a diagonal de fora para dentro,
se sente mais à vontade. Essas descobertas são mais desafiadoras e temos
que nos reinventar, e reinventar essa realidade.
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