quarta-feira, março 20, 2019

Flamengo: Advogados das vítimas se queixam de falta de diálogo.

Após mais de um mês do incêndio que matou dez atletas no Centro de Treinamento George Helal, o Ninho do Urubu, advogados que representam sete famílias das vítimas reclamaram hoje (19) da falta de diálogo com a direção do clube sobre as indenizações. Confirmado oficialmente, o clube fechou acordo com apenas uma família. Não é revelado o nome do atleta nem o valor da indenização.

“O que a gente pleiteia? A gente quer sentar com o Flamengo, conversar dentro de parâmetros mínimos. O valor estipulado pelo MP [Ministério Público] como base para a gente iniciar uma conversa”, disse a advogada Mariju Maciel.

Ao lado dos advogados Arley Carvalho e Paula Wolff, que representam as famílias de Christian Esmério, Gedinho, Pablo, Jorge Eduardo, Arthur, Samuel e Rykelmo, eles reclamam que o clube não está negociando com as famílias.

“Quem foi o causador da tragédia? Quem foi o negligente na tragédia? Foi o Flamengo. Não foram os familiares. Quem deve ter por obrigação procurar é o Flamengo. E isto não tem sido feito. Não é só para negociar. Não está sendo feito nenhum movimento de carinho”, afirma o advogado Arley Carvalho.

Inicialmente, as famílias de todos os atletas mortos recusaram a indenização proposta pelo clube na reunião de mediação, realizada no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A oferta inicial do clube foi entre R$ 300 mil e R$ 400 mil, além de um salário mínimo mensal por 10 anos para cada família dos atletas mortos.

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