Após mais de um mês do incêndio
que matou dez atletas no Centro de Treinamento George Helal, o Ninho do
Urubu, advogados que representam sete famílias das vítimas reclamaram
hoje (19) da falta de diálogo com a direção do clube sobre as indenizações. Confirmado oficialmente, o clube fechou acordo com apenas uma família. Não é revelado o nome do atleta nem o valor da indenização.
“O que a gente pleiteia? A gente quer sentar com o Flamengo,
conversar dentro de parâmetros mínimos. O valor estipulado pelo MP
[Ministério Público] como base para a gente iniciar uma conversa”, disse
a advogada Mariju Maciel.
Ao lado dos advogados Arley Carvalho e Paula Wolff, que representam
as famílias de Christian Esmério, Gedinho, Pablo, Jorge Eduardo, Arthur,
Samuel e Rykelmo, eles reclamam que o clube não está negociando com as
famílias.
“Quem foi o causador da tragédia? Quem foi o negligente na tragédia?
Foi o Flamengo. Não foram os familiares. Quem deve ter por obrigação
procurar é o Flamengo. E isto não tem sido feito. Não é só para
negociar. Não está sendo feito nenhum movimento de carinho”, afirma o
advogado Arley Carvalho.
Inicialmente, as famílias de todos os atletas mortos recusaram a
indenização proposta pelo clube na reunião de mediação, realizada no
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A oferta inicial do clube foi
entre R$ 300 mil e R$ 400 mil, além de um salário mínimo mensal por 10
anos para cada família dos atletas mortos.
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