De acordo com a rede de televisão norte-americana CBS, as crianças
foram resgatadas malnutridas, e suspeita-se que a mulher jogava spray de
pimenta contra elas e as trancava dentro de um armário durante dias,
sem comida, água ou banheiro, além de outras agressões.
A mulher obrigava as crianças a participarem de vídeos no YouTube. O
canal em que elas apareciam estava no ar desde 2018 e tinha mais de 700
mil seguidores e mais de 242 milhões de visualizações.
Os vídeos mostravam as crianças jogando jogos e participando de
brincadeiras, sem nada que demonstrasse os abusos sofridos. Se os
garotos se recusassem a participar das gravações, eles sofriam ameaças
ou eram punidos, informou a reportagem da afiliada da CBS no Arizona.
Machelle ganhava dinheiro com os vídeos, mas a polícia não divulgou
quanto. A CBS divulgou que o YouTube desmonetizou o canal. A empresa
também disse que vai retirá-lo do ar dependendo do resultado da
investigação.
Além dos sete filhos adotivos vítimas do abuso, Machelle tinha outros
quatro biológicos. Os dois que foram presos nas investigações só
confirmaram os abusos após as detenções.
Um deles admitiu que levava escondido comida às crianças presas no
armário. Ambos respondem por terem se omitido de denunciar o abuso – uma
outra filha de Machelle denunciou o caso às autoridades.
A mãe, por sua vez, vai enfrentar sete acusações de abuso infantil –
uma para cada filho adotivo. Ela também responde por cárcere privado e
negligência infantil. A Justiça arbitrou fiança de US$ 200 mil, mas até
esta quarta-feira (20) a acusada não havia pago o valor para ser
libertada.
A polícia do Arizona não divulgou o nome nem as idades das crianças envolvidas para preservá-las.
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