Na cerimônia que marcou os 200 dias de governo,
na tarde de ontem quinta-feira (18), o presidente Jair Bolsonaro voltou a
comentar sobre a eventual indicação de seu filho, o deputado federal
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para o cargo de embaixador do Brasil nos
Estados Unidos. Descrevendo a trajetória do filho, o presidente
ressaltou sua proximidade com a família do presidente norte-americano,
Donald Trump.
"O trabalho de quem é embaixador é ser cartão-de-visitas. Imagine se o
Macri [presidente da Argentina] tivesse um filho embaixador aqui. Eu
atenderia agora ou pediria ao ajudante-de-ordens para marcar um data
futura?", disse. O presidente ainda lembrou da participação do filho na
reunião privada que ele e Trump mantiveram em Washington, em março,
quando Bolsonaro realizou uma visita oficial ao país.
Dirigindo-se ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que
participava da cerimônia, Bolsonaro disse ter certeza que Eduardo será
aprovado na sabatina para o cargo de embaixador, que é realizada pelos
senadores, e disse que seria mais fácil nomear o filho como ministro das
Relações Exteriores, que dependeria só dele, mas que esse não é o seu
objetivo. O presidente, no entanto, ainda não formalizou a indicação.
Para ser investido ao cargo de embaixador, o indicado pelo presidente
passa por uma sabatina, seguida de votação na Comissão de Relações
Exteriores do Senado, que depois aprova ou rejeita a indicação por
maioria simples. O processo segue, então, para o plenário do Senado, que
toma a decisão final.
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