O Ministério Público (MP) devolveu o inquérito da Polícia Civil sobre a tragédia no Ninho do Urubu,
pedindo novos esclarecimentos à 42ª Delegacia de Polícia, onde correram
as investigações. Em nota divulgada nesta quarta-feira (17), o MP
explicou quais foram os pontos que necessitam ser melhor elucidados, no
prazo de 45 dias, para só depois o inquérito ser remetido à Justiça.
“Assim, deverão, neste período, ser colhidos depoimentos de Lucia
Helena Pereira Damasceno de Lima, gerente da 5ª Gerência de
Licenciamento e Fiscalização da Prefeitura do Rio, em razão da
informação de que os dirigentes do Flamengo não cumpriram o auto de
interdição do local; e de Fernando Anmibolete, presidente da ASPROCITEC
(Associação dos Profissionais de Ciência e Tecnologia), instituição que
afirma que a NHJ, empresa que construiu os contêineres que abrigavam os
atletas, e pegaram fogo, não estava regularizada junto ao Conselho
Regional de Engenharia”, citou o MP.
Além disso, também foi requerido que seja feita consulta ao Instituto
de Criminalística Carlos Éboli para esclarecer se o mobiliário do
alojamento incendiado colaborou para a propagação das chamas, agravando a
situação no local, bem como a elaboração de autos de exame de corpo de
delito indiretos, com base em informações dos boletins de atendimento
médicos das vítimas sobreviventes.
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