quarta-feira, julho 17, 2019

Taxa de gravidez adolescente no Brasil é maior que média latino-americana.

O Brasil tem um alto nível de gravidez na adolescência. De acordo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado em 2018, o país tem 68,4 bebês nascidos de mães adolescentes a cada mil meninas de 15 a 19 anos. Os números superam a média da América Latina, estimada em 65,5. No mundo, a média é de 46 nascimentos a cada mil jovens.

O caminho para reverter esse quadro é uma série de recomendações que envolvem acesso à informação e a utilização de métodos contraceptivos, como explica a ginecologista Isabel Gondim. ‘‘Esse número é considerado bastante alto e poderia ser reduzido com mais conhecimento, tanto para as meninas como também para os meninos. Os métodos de prevenção são para ambos’’.

A utilização dos recursos é responsabilidade de ambos e para isso a medicina oferta vários modelos de contraceptivos. Além do preservativo, há também os anticoncepcionais tanto em pílulas quanto no formato de implante, como esclarece a médica. ‘‘Quanto a isso, existe o DIU de cobre que já é oferecido nas maternidades de todo o país e pode ser colocado, inclusive, para nas adolescentes, o que previne também as doenças sexualmente transmissíveis’’.

É importante justamente esse aconselhamento identificando cada método a ser utilizado. Com isso, é fundamental o acompanhamento do especialista. Para Isabel, o contato é essencial para enfrentar as vergonhas e mitos sobre o assunto.

‘‘As adolescentes podem sim confiar no ginecologista porque elas têm direito a consulta individual sabendo que tudo é guardado por sigilo médico. A partir disso, o ginecologista vai direcionar a melhor recomendação a respeito do contraceptivo, isso porque há vários fatores que podem afetar o desempenho dos procedimentos como, por exemplo, tabagismo, hipertensão e outras doenças’’, pontua a ginecologista.

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