O Brasil tem um alto nível de gravidez na adolescência. De acordo
relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado em 2018, o
país tem 68,4 bebês nascidos de mães adolescentes a cada mil meninas de
15 a 19 anos. Os números superam a média da América Latina, estimada em
65,5. No mundo, a média é de 46 nascimentos a cada mil jovens.
O
caminho para reverter esse quadro é uma série de recomendações que
envolvem acesso à informação e a utilização de métodos contraceptivos,
como explica a ginecologista Isabel Gondim. ‘‘Esse número é considerado
bastante alto e poderia ser reduzido com mais conhecimento, tanto para
as meninas como também para os meninos. Os métodos de prevenção são para
ambos’’.
A utilização dos recursos é responsabilidade de ambos e para isso a
medicina oferta vários modelos de contraceptivos. Além do preservativo,
há também os anticoncepcionais tanto em pílulas quanto no formato de
implante, como esclarece a médica. ‘‘Quanto a isso, existe o DIU de
cobre que já é oferecido nas maternidades de todo o país e pode ser
colocado, inclusive, para nas adolescentes, o que previne também as
doenças sexualmente transmissíveis’’.
É importante justamente esse
aconselhamento identificando cada método a ser utilizado. Com isso, é
fundamental o acompanhamento do especialista. Para Isabel, o contato é
essencial para enfrentar as vergonhas e mitos sobre o assunto.
‘‘As
adolescentes podem sim confiar no ginecologista porque elas têm direito
a consulta individual sabendo que tudo é guardado por sigilo médico. A
partir disso, o ginecologista vai direcionar a melhor recomendação a
respeito do contraceptivo, isso porque há vários fatores que podem
afetar o desempenho dos procedimentos como, por exemplo, tabagismo,
hipertensão e outras doenças’’, pontua a ginecologista.
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