Uma equipe de pesquisadores brasileiros e italianos encontrou
materiais que teriam 2,4 milhões de anos em um sítio arqueológico na
Jordânia.
A descoberta coloca novos elementos que podem mudar o conhecimento
consolidado sobre o desenvolvimento da humanidade e das dinâmicas de
migração do gênero homo a partir da África para outras regiões do
planeta. O resultado do estudo foi divulgado em uma revista científica.
Nos debates acadêmicos, a tese predominante, em que pese polêmicas e hipóteses divergentes, dá conta que o gênero homo surgiu há cerca de 2,4 milhões de anos na África, tendo como primeiro representante o homo habilis. Há 2 milhões de anos, teria surgido o homo erectus.
As primeiras evidências da presença de homo erectus fora do
continente africano ocorreu em um sítio arqueológico da Geórgia, datada
de 1,8 milhão de anos.
Os pesquisadores não identificaram fósseis, mas material de pedra lascada no sítio da Jordânia.
As escavações ocorreram entre 2013 e 2015. “Na hora que um homíneo
lascou. Isso quer dizer um evento de lascamento. Elas estavam
localizadas em algum ponto a 20 cm uma da outra. É muito possível que a
gente não só tenha encontrado um sítio antigo, mas que ele tenha
significado comportamental”, disse o pesquisador do Museu de Arqueologia
e Etnologia da USP (Universidade de São Paulo), Astolfo Araújo.
As primeiras amostras foram pegas em 2013, sendo submetidas a um
método segundo o qual pedras teriam cerca de cinco milhões e o basalto
mais baixo teria 2,5 milhões.
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