A difusão de conteúdos enganosos na Internet nas disputas municipais
de 2020 vem preocupando especialistas no assunto. O tema foi objeto de
debate no seminário “Internet, Desinformação e Democracia”, que foi
realizado ontem (24) em São Paulo, promovido pelo Comitê Gestor da
Internet no Brasil ( CGI.br).
Criado em 1995, o comitê é responsável pela administração dos
domínios “.br” e por diretrizes para o desenvolvimento da rede mundial
de computadores no país. Durante o evento foram discutidas propostas
para o enfrentamento de conteúdos enganosos nas plataformas digitais.
Em sua apresentação, a advogada e integrante do CGI Flávia Lefévre
manifestou preocupação com o poder das plataformas e com a capacidade
econômica em escala mundial, destacando que a minirreforma eleitoral
restringiu a propaganda paga na internet apenas a grandes plataformas,
especialmente Facebook e Google.
Lefébvre defendeu a necessidade de criação de mecanismos que diminuam
a influência do peso econômico nas redes, uma vez que candidatos com
mais recursos passaram a ter mais chances de veicular anúncios nas
plataformas.
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