Segurança para andar nas ruas, perspectiva de renda, estabilidade e
livre circulação foram motivos que fizeram os brasileiros Thiago Heluy,
de 37 anos, e João Veiga, de 21, requisitarem a cidadania portuguesa nos
últimos dois anos. Agora, ambos vivem no país e fazem planos na Europa.
Os dois fazem parte do grande número de brasileiros que buscam
cidadania no Velho Continente. De 2002, quando o Serviço de Estatística
da União Europeia (Eurostat) começou a contabilizar dados continentais, a
2017, o número de cidadanias concedidas aumentou mais de 800%.
Enquanto 2.422 brasileiros obtiveram uma segunda nacionalidade
europeia em 2002, por descendência, tempo de residência ou casamento, em
2017 foram 22.503.
Nesses 15 anos, 170.187 brasileiros obtiveram cidadania de um dos 33
países europeus analisados, dos quais a maioria integra a União
Europeia.
O número de brasileiros que receberam uma cidadania europeia saltou
152% somente entre 2007 e 2008. Até então, a Alemanha era o país que
mais aprovava pedidos, e foi aí que Portugal passou a liderar os casos.
Portugal foi responsável por 32% do total de cidadanias concedidas
entre 2002 e 2017, seguido por Itália (17,8%), Espanha (15,63%) e
Alemanha (7,83%). Juntos, esses países concentraram cerca de 75% dos
casos.
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