A experiência da gravidez e gestação pode ser traumática para muitas
mulheres, que não têm respeitados os seus direitos básicos de escolha,
principalmente as que vivem em vulnerabilidade social. Para combater a
chamada violência obstétrica, a Defensoria Pública estadual e a
Associação de Doulas do Rio de Janeiro (AdoulasRJ) firmaram, nesta
terça-feira (3), um protocolo de cooperação e também lançaram uma
cartilha sobre o tema.
A parceria tem o objetivo de promover capacitação técnica, difusão de
informação de qualidade sobre o ciclo da gravidez/pós-parto e também
pretende acompanhar as demandas jurídicas motivadas, principalmente, por
práticas de violência obstétrica e de racismo que chegam à instituição.
Também foi lançado um canal de denúncia
para mulheres que tenham sofrido algum tipo de violência obstétrica. As
a queixas feitas no portal serão encaminhadas para o Núcleo de Defesa
dos Direito da Mulher Vítima de Violência de Gênero.
“As doulas cumprem um papel fundamental na humanização do parto. O
Brasil é recordista em cesarianas. O parto natural não é uma opção. A
violência obstétrica, por ser mais silenciosa, por ocorrer em espaços
reservados, como os hospitais, precisa ter essa visibilidade. Ela vai
desde um procedimento médico equivocado, passando pela falta de opção da
mulher em fazer um parto cesariano ou natural, e também pelas
violências de se fazer juízo moral sobre as parturientes”, explicou o
defensor público geral do estado, Rodrigo Pacheco.
Para buscar informações ou ajuda sobre a humanização no parto e a
violência obstétrica, pode-se ligar para o número 129, da Defensoria
Pública, ou acessar a página com a versão digital da cartilha na internet.
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