quarta-feira, setembro 04, 2019

RJ: Defensoria Pública e doulas se unem contra a violência obstétrica.

A experiência da gravidez e gestação pode ser traumática para muitas mulheres, que não têm respeitados os seus direitos básicos de escolha, principalmente as que vivem em vulnerabilidade social. Para combater a chamada violência obstétrica, a Defensoria Pública estadual e a Associação de Doulas do Rio de Janeiro (AdoulasRJ) firmaram, nesta terça-feira (3), um protocolo de cooperação e também lançaram uma cartilha sobre o tema.

A parceria tem o objetivo de promover capacitação técnica, difusão de informação de qualidade sobre o ciclo da gravidez/pós-parto e também pretende acompanhar as demandas jurídicas motivadas, principalmente, por práticas de violência obstétrica e de racismo que chegam à instituição. Também foi lançado um canal de denúncia para mulheres que tenham sofrido algum tipo de violência obstétrica. As a queixas feitas no portal serão encaminhadas para o Núcleo de Defesa dos Direito da Mulher Vítima de Violência de Gênero.

“As doulas cumprem um papel fundamental na humanização do parto. O Brasil é recordista em cesarianas. O parto natural não é uma opção. A violência obstétrica, por ser mais silenciosa, por ocorrer em espaços reservados, como os hospitais, precisa ter essa visibilidade. Ela vai desde um procedimento médico equivocado, passando pela falta de opção da mulher em fazer um parto cesariano ou natural, e também pelas violências de se fazer juízo moral sobre as parturientes”, explicou o defensor público geral do estado, Rodrigo Pacheco.

Para buscar informações ou ajuda sobre a humanização no parto e a violência obstétrica, pode-se ligar para o número 129, da Defensoria Pública, ou acessar a página com a versão digital da cartilha na internet.

Nenhum comentário:

Postar um comentário