Com um orçamento 12% menor para o ano que vem, o Ministério do Meio
Ambiente pretende cortar custos administrativos que envolvem desde
faxina em seus escritórios até o aluguel de prédios ocupados por
servidores. O propósito é adaptar a estrutura aos cortes de orçamento
promovidos pelo governo em toda a Esplanada.
O orçamento para 2020 divulgado pelo governo para a área de Meio
Ambiente é de R$ 561,6 milhões — em 2019, foram R$ 633,5 milhões. Quando
considerado o projeto de lei orçamentária (Ploa) do início deste ano, a
redução é ainda mais significativa, de 30,4%, uma vez que o valor
inicialmente divulgado foi de R$ 807,4 milhões.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que, apesar dos cortes, não haverá
nenhum impacto no orçamento das “atividades-fim” da pasta, ou seja, as
ações de fiscalização e combate a incêndios do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto
Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio).
“Conversei com o ministro da Economia, Paulo Guedes, por telefone.
Talvez a gente seja um dos poucos ministérios que não tenham nenhuma
redução. Mas, mesmo que tenhamos, já fizemos uma simulação de onde será
reduzido”, disse Salles.
Segundo o ministro, serão reduzidas despesas como aluguel de
imóveis, além de renegociações de contratos de manutenção. “Estamos
trazendo para dentro da sede do Ibama uma área que estava em outro
prédio de Brasília, um aluguel de R$ 500 mil por mês”, disse. “E estamos
fazendo renegociação de contratos de limpeza, segurança, manutenção
predial.”
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