A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal deflagraram hoje (3) a
Operação Harpia, para apurar crimes de evasão de divisas, lavagem de
capitais praticados por uma organização criminosa. De acordo com a PF,
as investigações tentam identificar também a origem e o volume de
recursos ilícitos transacionados que chegam a mais de R$ 1 bilhão entre
os anos de 2015 e 2019.
As investigações começaram em 2018, quando foi apurada a existência
de uma rede de doleiros que atuavam nas cidades de Porto Alegre, Santana
do Livramento, no Rio Grande do Sul; Rivera, no Uruguai; e Ciudad del
Este, no Paraguai.
Os investigadores identificaram que esse grupo criminoso praticava
transações cambiais não autorizadas, conhecidas como dólar-cabo,
facilitando a lavagem de dinheiro proveniente de atividades criminosas
praticadas no Brasil e no exterior, envolvendo, inclusive, madeireiras
da Região Norte.
Policiais federais e servidores da Receita cumpriram 11 mandados de
prisão e 16 de busca e apreensão em endereços dos investigados nos
municípios de Porto Alegre, Novo Hamburgo, Santana do Livramento, no Rio
Grande do Sul; e em Ariquemes, em Rondônia.
O nome da operação, Harpia, faz referência a uma das maiores aves de
rapina do mundo presente em grande parte do Brasil, principalmente na
Amazônia.
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