A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP )
realizou ontem (3) uma audiência pública para discutir uma proposta de
resolução que trará modificações com o objetivo de aprimorar a
qualidade da gasolina automotiva brasileira. A resolução estabelecerá as
especificações e as obrigações quanto ao controle da qualidade a serem
atendidas pelos agentes econômicos, em substituição à Resolução ANP nº
40, de 2013.
O diretor da ANP, Aurélio Amaral, disse que as alterações que estão
em debate refletem o trabalho permanente da agência de aperfeiçoamento
da regulação. “Esse trabalho não é exclusivo para a gasolina. Já fizemos
a regulamentação dos novos requisitos de qualidade para o biodiesel,
diante do desafio do B11 [diesel com 11% de biodiesel]. E estamos
fazendo para outros combustíveis também. Esta semana, por exemplo, está
na pauta da reunião da diretoria a especificação do GLP [gás de
cozinha]. Todas essas mudanças decorrem do trabalho regular da ANP de
aperfeiçoamento da qualidade dos combustíveis”, disse.
Amaral disse que a ANP tem a preocupação de implantar as mudanças de
maneira gradual, para que não gere um impacto relevante de preços para o
consumidor.
A revisão da especificação da gasolina automotiva contempla,
principalmente, três pontos. O primeiro, é o estabelecimento de faixa de
valores de massa específica da gasolina, o que significa mais energia e
menos consumo.
O segundo, é relacionado aos parâmetros de destilação
(especificamente sobre a temperatura de destilação no ponto 50%
evaporado, ou T50), que afetam questões como desempenho do motor,
dirigibilidade e aquecimento do motor.
O terceiro é a fixação de limites para a octanagem RON presente nas
especificações da gasolina de outros países. A fixação de tal parâmetro
mostra-se necessária devido às novas tecnologias de motores e resultará
em uma gasolina com maior desempenho para o veículo.
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