A Justiça de São Paulo negou pedido de Suzane Von Richthofen,
condenada a 38 anos e seis meses de prisão por matar os pais, para
cursar uma faculdade. Ela foi aprovada em vestibular da Faculdade
Anhanguera, instituição privada de Taubaté, para o curso de
administração, mas não poderá se matricular. O juízo da Vara de
Execuções Criminais da cidade entendeu que não há como garantir a
segurança da detenta. Suzane cumpre pena na Penitenciária 1 de Tremembé
pelo assassinato dos pais, Manfred e Marísia, em 2002.
A petição foi encaminhada à Vara de Execuções no último dia 3. Ao se
manifestar sobre o pedido, o promotor de Justiça Paulo José de Palma fez
questionamento sobre a garantia de segurança à detenta durante o
período escolar. Desde outubro do ano passado, Suzane está no regime
semiaberto, o que lhe possibilitaria frequentar a universidade. A
decisão, no entanto, levou em conta falta de condições para garantir a
segurança da detenta, que ainda está sob tutela do Estado.
A presa pediu ao defensor público Rui Freire, responsável pela sua
defesa, para entrar com recurso contra a decisão. A Defensoria Pública
de Taubaté informou que Freire não se manifestaria sobre o caso. A
expectativa é de que o recurso da defesa seja avaliado ainda esta
semana.
Já o Ministério Público de São Paulo não deve entrar com recurso
contra a decisão judicial. Em dezembro de 2015, a Justiça negou pedido
de Suzane para passar o Natal fora da prisão. A justificativa foi de que
a detenta não apontou o endereço de familiares em que ficaria alojada
durante o período natalino.
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