A hipótese de falta de combustível como provável causa do acidente
que vitimou o elenco da Chapecoense nesta terça-feira, em Medellín,
ganha força. De acordo com a Rádio Caracol, da cidade colombiana, dois
pilotos que pousavam no Aeroporto José María Córdova no mesmo momento
revelaram, em conversa com repórteres, que o comandante do voo fretado
da Chape alegou estar com pouco combustível.
Segundo o diálogo
reproduzido pela rádio, os problemas de pane seca "ficaram claros" assim
que o pedido de prioridade para pouso foi feito.
– Eles chegaram ao limite e não podiam demorar (para pousar) nem um pouco mais. A torre os colocou a suspender (a rota normal de pouso) a 21 mil pés. Eu vinha a 19 mil pés, e outro avião estava a 14 mil. O piloto (da Chape)
perguntou se eu ia demorar e dois minutos depois avisou que estava com
problemas de combustível. Em seguida, pediu, desesperado, que nós os
deixássemos passar – explicou o piloto.
A torre de controle de Medellín recebeu o pedido de emergência e autorizou o pouso imediato, mas foi tarde.
–
Eles passaram o voo para a frente, e o piloto disse que estava com
total falha elétrica. Ele estava a 9 mil pés quando passou Rionegro,
sendo que deveria estar a 10 mil pés. Quando declarou emergência, era
muito tarde. Deveria ter parado em Bogotá, mas preferiu ir direto (a Medellín) – lamentou o comandante ouvido pela rádio.
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