A maioria dos ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) negou nesta quarta-feira, 13, pedido da defesa do
presidente Michel Temer para impedir o procurador-Geral da República,
Rodrigo Janot, de atuar nas investigações contra Temer com base na
delação premiada dos executivos do grupo J&F.
Acompanharam o ministro Luiz Edson Fachin, relator do pedido da
defesa e que negou monocraticamente o pedido dos advogados do
presidente, os ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luiz Fux,
Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Mello e Dias Toffoli.
Com isso, até agora sete dos 11 ministros do Supremo se posicionaram
contra o recurso apresentado pela defesa de Temer. Até a publicação
desta matéria, o ministro Gilmar Mendes não havia aparecido no plenário
da Corte para participar da sessão, embora estivesse em seu gabinete no
início da sessão, segundo apurou a reportagem.
Em seu voto, Lewandowski afirmou que Janot estava exercendo o “ônus
constitucional” de sua competência ao denunciar o presidente da
República. “Se eventualmente usou expressão um pouco mais, digamos,
inusitada, essa expressão também foi endereçada a outros investigados”,
afirmou.
De acordo com o ministro, isso mostra que o presidente da República
não foi o “alvo exclusivo” das ações de Janot. “Também outros partidos,
outros políticos foram igualmente atingidos. Portanto, não há que se
cogitar hipótese de suspeição”, afirmou.
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