Os líderes democratas no Congresso concordaram nesta quarta-feira
(13) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em trabalhar em
conjunto para conseguir proteção legal aos 800 mil jovens imigrantes
ilegais que entraram nos Estados Unidos quando ainda eram crianças,
conhecidos como "sonhadores", informaram por meio de um comunicado. A
informação é da Agência EFE.
Eles também acertaram, segundo os
Democratas, em negociar um pacote orçamentário para financiar a
segurança da fronteira que "seja aceitável para as duas partes" e que,
portanto, exclui qualquer contrapartida para o muro com o México.
"Tivemos
um encontro muito produtivo na Casa Branca com o presidente. A conversa
foi concentrada no Daca (projeto criado pelo ex-presidente Barack Obama
para proteger os sonhadores). Concordamos em transformar rapidamente as
proteções do Daca em uma lei", afirmaram os líderes democratas no
Senado, Chuck Schumer, e na Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, que
jantaram ontem com Trump.
Daca é a sigla em inglês para o
programa Deferred Action for Childhood Arrivals, que concede autorização
temporária para morar, trabalhar e dirigir nos EUA aos que entraram no
país de forma ilegal quando eram crianças.
A Casa Branca, por sua vez, também deu sua versão do encontro em um comunicado, mas não falou em "acordos" com Schumer e Nancy.
Segundo
a Casa Branca, Trump e os líderes democratas falaram em um jantar
"construtivo" sobre as atuais "prioridades legislativas", que incluem a
reforma tributária, segurança das fronteiras, Daca, infraestrutura e
comércio, nesta ordem.
O governo americano disse que o encontro
foi um "passo positivo" para alcançar "soluções bipartidárias" para os
problemas que afetam todos os americanos e mostrou seu desejo de
"continuar estas conversas" com os líderes democratas.
Trump
encerrou na semana passada o programa Ação Diferida para os Chegados na
Infância (Daca, sigla em inglês), feito por Obama, em 2012, que protegeu
da deportação e concedeu licenças de trabalho a 800 mil jovens sem
documentos que chegaram ainda meninos ao país e são conhecidos como
"sonhadores".
A suspensão, no entanto, não será efetiva até seis
meses depois para forçar ao Congresso a encontrar uma alternativa ao
programa de Obama.
Nenhum comentário:
Postar um comentário