O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 7,872
bilhões nos primeiros nove meses de 2017. O montante é 45,1% maior do
que o atingido no mesmo período do ano passado. No terceiro trimestre do
ano, o lucro ajustado ficou em R$ 2,7 bilhões, 15,9% maior do que o
verificado no período de julho a setembro de 2016 e 2,2% superior ao
segundo trimestre deste ano.
A carteira de crédito do banco
fechou o mês de setembro em R$ 677 bilhões, uma retração de 2,7% em
comparação ao volume de empréstimos registrado em junho, de R$ 696,1
bilhões. Em comparação com setembro de 2016, quando o saldo era de R$
735,4 bilhões, a carteira reduziu 7,9%. Segundo o presidente do Banco do
Brasil, Paulo Cafarelli, a redução está ligada a uma mudança na
composição da carteira de crédito que está sendo feita pela instituição,
investindo em operações de menor risco.
A carteira de crédito de
pessoa jurídica ficou em R$ 267,7 bilhões em setembro, uma redução 3,4%
menor do que a verificada em junho e 15,5% menor em relação ao mesmo
mês de 2016. O financiamento ao agronegócio ficou praticamente estável,
com uma alta de 0,6% em relação a setembro do ano passado, ficando em R$
180,7 bilhões. O crédito consignado teve um aumento de 37,7% na
carteira, passando de R$ 20,6 bilhões em setembro de 2016 para R$ 28,4%
no mesmo período deste ano.
Cafarelli disse que espera, para o
próximo ano, uma expansão de 6% do mercado de crédito brasileiro. “Em um
ambiente de inflação baixa, com indústrias ainda com capacidade ociosa,
acreditamos que há espaço para redução dos juros”, ressaltou ao apontar
os sinais que indicam a recuperação da economia. “A trajetória de
retomada do crescimento, mesmo que gradual, é consistente.” Para este
ano, o banco projetou um crescimento de 0,7% do Produto Interno Bruto e
de 2,8% para 2018.
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