As centrais sindicais fazem hoje (10) atos em diversos estados pedindo a revogação de alguns pontos do texto da reforma trabalhista aprovado em julho pela Câmara e que entra em vigor a partir de amanhã (11).
Em
São Paulo, alguns milhares de trabalhadores estiveram na Praça da Sé,
no centro da cidade, no final da manhã. Os manifestantes carregavam
bandeiras, acompanhados por carros de som e balões coloridos.
“Nós
queremos construir alguma coisa que seja equilibrada. Essa reforma é
essencialmente empresarial, 117 artigos da cartilha empresarial. Nada
contra os empresários, mas não tem nenhum artigo que tenha um foco
social ou olhar sindical”, criticou o presidente da União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah.
Segundo o dirigente sindical,
a lei tem uma série de artigos que “tiram direitos e precarizam a
relação entre capital e trabalho”. Entre os pontos apontados como mais
problemáticos, Patah citou o trabalho intermitente e o fim da
homologação das demissões pelos sindicatos.
O presidente da
Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, disse que
acredita na capacidade de mobilização dos trabalhadores para pressionar
mudanças na legislação. “Mais do que nunca, acho que é possível
construirmos uma grande greve. Fizemos uma com 35 milhões de pessoas,
podemos fazer outra”, disse, em referência ao dia de paralisações realizado em abril.
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