A Polícia Federal deflagrou hoje (7) a Operação Canal Fechado para
desarticular uma organização criminosa que atuava no Aeroporto
Internacional Galeão/Tom Jobim, na zona norte do Rio de Janeiro.
Segundo
a PF, o grupo agia no local há mais de 2 anos e incluía um analista
tributário da Receita Federal e três funcionários de uma empresa que
presta serviços terceirizados no terminal.
De acordo com a PF, o
trabalho dos quatro era permitir o desembarque, sem fiscalização, de
pessoas determinadas previamente. Por determinação judicial, o analista
tributário foi afastado de suas atividades. Na operação foram cumpridos
também dois mandados de prisão preventiva e três mandados de busca e
apreensão.
Segundo as investigações, dois homens que foram presos
faziam a cooptação de pessoas para que elas trouxessem mercadorias do
exterior. Também organizavam a facilitação da chegada dessas pessoas no
aeroporto, para depois receberem e revenderem os produtos importados no
mercado.
Ainda de acordo com as investigações, entre os produtos
trazidos irregularmente pela organização criminosa estavam telefones
celulares, relógios, perfumes e videogames. A PF apurou ainda que entre
as pessoas escolhidas anteriormente para trazerem as mercadorias estava
um militar do Exército que atuou nas tropas brasileiras que serviram no
Haiti.
As investigações começaram em janeiro deste ano, após a
prisão de um funcionário da empresa prestadora de serviços no aeroporto.
Em abril, um segundo funcionário da mesma empresa foi preso pela PF.
A
PF informou que o servidor da Receita Federal foi indiciado pelo crime
de pertencimento à organização criminosa e facilitação de contrabando ou
descaminho. Os outros dois homens presos foram indiciados por
contrabando, descaminho, além de pertencimento à organização criminosa.
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