A baixa qualidade dos serviços prestados está retendo avanços e
melhorias na saúde em países de todos os tipos de renda, segundo
relatório divulgado hoje (5) pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
pelo Banco Mundial e pela Organização para a Cooperação e o
Desenvolvimento Econômico (OECD, na sigla em inglês).
Diagnósticos imprecisos, erros médicos, tratamentos inapropriados ou
desnecessários, uso inadequado e pouco seguro de instalações clínicas e
profissionais sem treinamento adequado e com pouco conhecimento
prevalecem em todos países, alertou a OMS, por meio de comunicado.
A situação, segundo a entidade, é pior em países de baixa e média
renda, onde 10% dos pacientes hospitalizados correm risco de adquirir
algum tipo de infecção durante o período de internação, comparado a 7%
em países de alta renda. A OMS lembra que infecções hospitalares podem
ser facilmente prevenidas por meio de melhorias na higiene, do controle
de práticas hospitalares e do uso correto de antibióticos.
O relatório destaca também que um em cada dez pacientes apresenta
algum tipo de ferimento durante atendimento médico prestado em países de
alta renda. “Doenças associadas a cuidados de saúde de baixa qualidade
impõem despesas adicionais às famílias e aos sistemas de saúde”,
reforçou a OMS.
Ainda de acordo com o documento, profissionais de saúde de sete
países africanos de baixa e média renda só conseguiram fazer diagnóstico
adequado entre 33% e 75% dos casos, enquanto diretrizes clínicas para
situações comuns e de pouca complexidade foram seguidas em menos de 45%
do tempo, em média.
Além disso, cerca de 15% dos gastos hospitalares em países de alta
renda se devem a erros no atendimento ou a pacientes infectados enquanto
recebem cuidados em unidades de saúde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário