A prescrição de medicamentos genéricos no país aumentou 65% de 2015 a
2018. Mais barata, essa versão de remédios foi prescrita em 34% das 115
milhões de receitas médicas emitidas entre fevereiro do ano passado e
fevereiro deste ano.
Os dados foram apresentados hoje (5), na sede da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), durante a divulgação do balanço de 18
anos do primeiro registro de medicamento genérico do Brasil. Segundo o
presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, essa classe farmacológica
representa um ramo impulsionador da economia, além de ampliar o acesso
da população à saúde, provocando relevante impacto social.
"A política de genéricos do Brasil foi extremamente efetiva, do ponto
de vista de aumentar o acesso e também de criar uma indústria
farmacêutica nacional importante. Relatório que lançamos sobre o mercado
no âmbito brasileiro, das dez maiores empresas farmacêuticas do país,
apenas uma era de capital nacional. Hoje, a gente tem cinco das dez",
afirmou Barbosa, destacando o crescimento de escalas produtivas em Minas
Gerais, no Rio de Janeiro e em Goiás.
Embora reconheça que o Brasil demorou a iniciar sua produção de
genéricos, ainda que a medida estivesse prevista em lei, Barbosa disse
que o país tem recuperado os impactos dessa delonga e vem avançando.
"Apesar de a gente ter entrado relativamente tarde, quando a gente soma
genéricos com similares [genéricos que estão vinculados a uma marca],
estamos nos aproximando dos percentuais históricos de países que
entraram antes na política de genéricos, como os Estados Unidos e os da
Europa."
De acordo com o presidente da Anvisa, os genéricos corresponderam a mais de 70% das 4,3 bilhões unidades farmacológicas produzidas no ano passado. Atualmente, a gama de medicamentos genéricos disponível no mercado é bastante ampla, sendo constituída por 6.300 produtos, fabricados por 120 laboratórios diferentes. De 2014 para 2017, o número de novas drogas genéricas registradas na Anvisa saltou de 146 para 336, um incremento de 130,1%.
De acordo com o presidente da Anvisa, os genéricos corresponderam a mais de 70% das 4,3 bilhões unidades farmacológicas produzidas no ano passado. Atualmente, a gama de medicamentos genéricos disponível no mercado é bastante ampla, sendo constituída por 6.300 produtos, fabricados por 120 laboratórios diferentes. De 2014 para 2017, o número de novas drogas genéricas registradas na Anvisa saltou de 146 para 336, um incremento de 130,1%.
Nesse período, a Anvisa recebeu 1.830 pedidos de registro, dos quais
liberou 1.229 para venda. Além disso, em 2016 e 2017, ao analisar os
padrões de qualidade de fármacos que já estão sendo comercializados,
mediante o chamado teste de biodisponibilidade ou bioequivalência, a
agência concluiu que 85,9% da amostragem cumpria as exigências
sanitárias.
A partir de 1º de setembro, a fila de registros deve correr mais
rapidamente, com uma simplificação do procedimento. "Quando a empresa
protocola um pedido de registro, ela não vai mais ficar um ano até [o
pedido] ser analisado. Começará a ser analisado imediatamente. O tempo
de análise vai ser o tempo real, que dura em torno de seis meses,
dependendo do grau de completude de informações que a empresa prestou no
dossiê", explicou Barbosa. Ele disse que, do ano passado para cá, a
Anvisa já conseguiu julgar quase todos os 780 requerimentos recebidos,
deixando pendentes cerca de 30.
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