Tite continua sendo o técnico da seleção brasileira, apesar da
derrota para a Bélgica nas quartas de final da Copa do Mundo. Ao
desembarcar em Moscou vindos de Kazan já na madrugada de sábado (no
horário local), a delegação da CBF confirmou ao Estado que o treinador
não perde o seu cargo e que não há nem mesmo a necessidade de uma
negociação.
“Não há nem mesmo um debate sobre isso”, afirmou um dos principais
dirigentes da cúpula da CBF, na condição de anonimato, ao ser
questionado sobre o futuro do comandante.
O presidente da CBF, coronel Antônio Nunes, não escondia sua
insatisfação com o resultado e, apressado ao ver a reportagem do Estado,
se recusou a falar. Ao ser questionado se Tite continuaria no cargo,
apenas murmurou: “Isso é pergunta que se faça?”. Sua recusa foi
justificada por um assistente: “Ele está muito triste”.
A cúpula da CBF, porém, insistia em declarar categoricamente ao
entrar pelo hotel de Moscou que Tite continuaria. “O técnico da seleção
brasileira é Tite e nos próximos dias a CBF emitirá um comunicado sobre
isso”, apontou a fonte.
Rogério Caboclo, presidente eleito da CBF e que assume o cargo em
2019, permaneceu com a comissão técnica em Kazan e não viajou com o
restante do grupo para Moscou.
Outra fonte do alto escalão da CBF também confirmou ao Estado que o
plano da entidade é de manter o treinador. Mas indicou que a decisão
final terá de vir do próprio Tite. “Ele só não fica se não quiser”,
afirmou.
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