Assim como o cartão de crédito, o cheque especial é uma das
modalidades de crédito mais populares entre os consumidores brasileiros.
Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil)
e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todo o
país revela que 17% dos consumidores recorreram ao cheque especial nos
últimos 12 meses ― sobretudo as classes A e B (29%) ―, sendo que quase a
metade (46%) possui o hábito de entrar todos os meses e 20% a cada dois
ou três meses. Por outro lado, 80% afirmam não ter usado o limite neste
período.
Seu uso teve como principais finalidades cobrir imprevistos com
doenças e medicamentos (34%), quitar dívidas em atraso (23%) e realizar
manutenção de automóveis ou motos (18%). Outros 17%, entraram no cheque
especial por descontrole no pagamento das contas. A economista-chefe do
SPC Brasil, Marcela Kawauti, alerta que o fato do serviço não exigir
qualquer tipo de burocracia ou garantia acarreta no alto custo de uso.
“Sem perceber, muitos entram no limite por achar que o recurso faz parte
do seu saldo bancário. E no fim das contas, acabam pagando juros
altos”, ressalta.
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