A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou na
quarta-feira (26) ao Supremo Tribunal Federal (STF), manifestação em que
defende que o médium João de Deus permaneça preso.
Para a procuradora, a concessão de um habeas corpus "representa dupla
supressão de instâncias do Judiciário, pois o mérito do Habeas Corpus
apresentado pela defesa de João de Deus não foi analisado pelo Tribunal
de Justiça de Goiás ou pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ)". O
documento foi encaminhado ao presidente da Corte, ministro Dias Toffoli.
A defesa dele espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) aprecie o
pedido de liberdade apresentado depois que o Tribunal de Justiça de
Goiás e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negaram os pedidos de
liminar (decisão provisória) para que o acusado fosse liberado para
responder ao inquérito em casa, usando, se necessário, tornozeleira
eletrônica. João de Deus é acusado de ter cometido crimes de abusos
sexuais contra mulheres que frequentaram a casa onde oferece atendimento
espiritual. O Ministério Público apura mais de 250 casos. Ele nega as
acusações.
Raquel Dodge ainda defende a manutenção da prisão preventiva, "já que
a conduta prévia do investigado revelou risco de fuga e a intenção de
dificultar as investigações". João de Deus está preso desde 16 de
dezembro por ordem da Justiça de Goiás.
"Segundo Raquel Dodge, as provas revelam que houve movimentação financeira de vultosas aplicações bancárias e que João de Deus chegou a abrir mão de rendimentos para realizar saque imediato da conta. A PGR contesta ainda a alegação de apresentação espontânea de João de Deus à autoridade policial. Isso só aconteceu após a decretação da prisão preventiva e quando eram conhecidas as movimentações financeiras recentes", diz nota publicada pela PGR.
A procuradora diz que manter a prisão é interromper a prática de mais crimes, intimidação de vítimas e testemunhas e impedir possível fuga.
"Segundo Raquel Dodge, as provas revelam que houve movimentação financeira de vultosas aplicações bancárias e que João de Deus chegou a abrir mão de rendimentos para realizar saque imediato da conta. A PGR contesta ainda a alegação de apresentação espontânea de João de Deus à autoridade policial. Isso só aconteceu após a decretação da prisão preventiva e quando eram conhecidas as movimentações financeiras recentes", diz nota publicada pela PGR.
A procuradora diz que manter a prisão é interromper a prática de mais crimes, intimidação de vítimas e testemunhas e impedir possível fuga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário