Em meio ao cenário de alta da inadimplência e do desemprego, o
consumidor brasileiro tem enfrentado dificuldades para quitar a fatura
do cartão de crédito, modalidade que cobra os juros mais elevados do
mercado. Dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes
Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil)
mostram que, entre novembro e dezembro de 2018, aumentou de 20% para 25% o número de usuários de cartão de crédito que não conseguiram pagar o
valor integral da fatura, passando a entrar no chamado ‘crédito
rotativo’. Os que quitaram toda a quantia devida somam 73% dos
entrevistados.
De acordo com o indicador, os cartões de crédito mantiveram a dianteira de sondagens anteriores e foram o instrumento de crédito mais usado em dezembro,
mencionado por 38% dos consumidores. Bastante à frente do segundo
colocado, que é o crediário (15%). Os empréstimos foram citados por 8%
da amostra e o cheque especial também por 8%. Há ainda, 6% de
consumidores que buscaram financiamentos. No total,48% dos brasileiros recorrem à alguma modalidade de crédito em dezembro.
Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a
conveniência, segurança e aumento da aceitação do cartão de crédito
explicam a liderança no ranking, mas o usuário deve tomar cuidado com o
risco de endividamento excessivo. “O cartão de crédito é hoje um meio de
pagamento usualmente aceito em diversos estabelecimentos e a tendência é
que se consolide como a principal forma de pagamento em um futuro
bastante próximo, uma vez que ele tem se mostrado como um instrumento
seguro para transações. Apesar da facilidade de seu uso, o consumidor
deve se manter em alerta para não se exceder nos gastos, pois em virtude
dos juros, o valor da fatura pode se multiplicar em um curto espaço de
tempo, tornando a dívida muitas vezes impagável ”, afirma o presidente
do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário