Os bancos enviaram aos clientes mais de 14 milhões de ofertas de
migração do cheque especial para o crédito parcelado, entre junho e
dezembro de 2018. Mais de 5,2 milhões de débitos no cheque especial
foram convertidos, no ano passado, em linhas de crédito alternativas a
custo mais baixo, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
O cheque especial é a modalidade de crédito com a maior taxa de juros
do mercado para as pessoas físicas. Em dezembro de 2018, chegou a
312,6% ao ano ou 12,5% ao mês. Para se ter uma ideia, a taxa média dos
juros do crédito pessoal é muito menor, 107,3% ao ano, 6,3% ao mês.
No ano passado, 12 bancos anunciaram uma medida de autorregulação com
o objetivo de oferecer uma alternativa ao cheque especial, com taxas
mais baixas. Desde julho, os clientes que utilizam mais de 15% do limite
do cheque durante 30 dias consecutivos passaram a receber a oferta de
um parcelamento, com taxa de juros menores que a do cheque especial
definida pela instituição financeira.
A Febraban defende que o cheque especial seja usado somente para
emergências e por curto espaço de tempo. Para a federação, o uso
apropriado do cheque especial levará à redução da inadimplência e,
consequentemente, da taxa de juros da modalidade. Entretanto, a redução
da inadimplência e dos juros é pequena.
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