Apesar do discurso oficial de apoio, o governo Jair Bolsonaro foi surpreendido com a aprovação da PEC do Orçamento
que na prática limita o poder de gasto pelo Executivo. De forma
reservada, integrantes do governo admitem um movimento de retaliação da
Câmara que está insatisfeita com o tratamento recebido pelo Palácio do
Planalto.
Até o fim da tarde de ontem terça-feira (26), o governo ainda apostava que
não haveria condições de votar a matéria apesar de ter entrando na
pauta de última hora.
Tanto, que pouco antes da votação, deputados do PSL que estavam numa
reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, foram surpreendidos
com o início da votação da PEC e voltaram às pressas ao plenário.
O grupo de parlamentares do PSL foram ao gabinete de Guedes para
anunciar o fechamento de questão em torno da reforma da Previdência.
O governo tentou minimizar o episódio para não parecer uma derrota tão
expressiva. E o PSL votou a favor da PEC. Mas a aprovação explicitou a
insatisfação da Câmara dos Deputados com as críticas recentes do próprio
presidente Jair Bolsonaro ao que chamou de “velha política”.
Na prática, a PEC engessa ainda mais o Orçamento, tirando do governo a
margem de manobra para fazer remanejamentos diante do déficit das contas
públicas. A emenda que ainda precisa passar pelo Senado, torna
impositivo todo o investimento aprovado pelo Congresso.
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