Em 2009, o Brasil fez o primeiro leilão para geração de energia por
meio dos ventos. Naquela ocasião, o Rio Grande do Norte foi a unidade da
federação que mais teve projetos contratados – um total de 23. Passados
dez anos, os investimentos do setor movimentaram aproximadamente R$ 15
bilhões, e o estado consolidou a liderança nacional de produção dessa
matriz energética. São 151 parques instalados e mais de 1,5 mil
aerogeradores em operação. Mesmo expandindo a produção no interior do
RN, o mercado vislumbra um novo horizonte: a possibilidade de gerar
energia eólica no mar. O primeiro projeto é da Petrobras.
O estado alcançou a capacidade instalada de 4 gigawatts de produção
no mês passado, conforme anunciou o Operador Nacional do Sistema
Elétrico (ONS), depois que dois parques da Copel entraram em operação no
município de São Bento do Norte. Para se ter uma ideia, apenas 1 GW é
suficiente para abastecer entre 1,5 e 2 milhões de pessoas. Embora
comemore o marco, o setor avisa que o número continua crescendo a cada
novo levantamento.
Além da capacidade atual, já existem pelo menos mais 1,4 GW
contratados, cujos parques devem começar a operar até 2023. Segundo o
Banco do Nordeste, uma das instituições financeiras públicas que já
garantiram um total de R$ 13,3 bilhões em financiamentos para o setor,
somente no estado, mais de R$ 2,2 bilhões foram financiados no ano
passado. Mais R$ 1 bilhão já está em análise.
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