O ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou que o estudo do governo para reduzir a carga tributária
do cigarro foi motivado por uma questão de saúde pública, considerando a
baixa qualidade dos cigarros contrabandeados. Segundo ele, se o estudo
determinar que haverá aumento do consumo do cigarro, e não apenas uma
substituição do cigarro contrabandeado pelo produto nacional, a proposta
será “cortada” pelo governo.
“Posso assegurar que a preocupação com a saúde gerou a criação desse
grupo e se a conclusão disso for de que isso pode levar à elevação do
nível de consumo do tabaco no Brasil, essa solução vai ser cortada”,
disse, na tarde de hoje (27), no Senado. Segundo ele, o estudo do
governo pretende reduzir o consumo de cigarros contrabandeados, de
qualidade inferior aos cigarros nacionais, sem passar diretamente pelo
combate ao contrabando.
“O contrabando é de muito difícil combate. As fronteiras são muito
porosas, muitas vezes as pessoas envolvidas no contrabando de cigarro
não se sentem envolvidas em uma atividade ilegal. É diferente de pessoas
envolvidas em tráfico de drogas ou tráfico de armas”, explicou.
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