Para contornar
as dificuldades de divulgar positivamente uma proposta impopular de
reforma da Previdência, a equipe econômica do governo tem começado a
mobilizar parlamentares favoráveis ao texto para ajudar nas redes
sociais.
O secretário
especial que cuida do assunto, Rogério Marinho (na foto), tem enviado
por WhatsApp para deputados com fortes bases na internet conteúdos sobre
a reforma para serem compartilhados.
Deputados do
DEM e do Novo, por exemplo, estão recebendo vídeos explicando pontos da
reforma ou refutando críticas a ela, além de pedidos de ajuda para
impulsionar tuítes.
Em um dos
vídeos enviados, o deputado Vinicius Poit (Novo-SP) “desbanca as cinco
principais mentiras sobre a reforma da Previdência”. Em outro, dois
youtubers do “Canal do Por Quê?” explicam a reforma, sob o título de “Um
mito, um problema e política na reforma da Previdência”.
Em outro front,
Marinho pediu a deputados que ajudassem a impulsionar, por exemplo, uma
postagem em que compartilha uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo
que mostrou que servidores com altos salários pretendem ir ao STF
(Supremo Tribunal Federal) contra a alíquota proposta de até 22%.
“Mais uma demonstração de que a proposta apresentada na Câmara é justa”, escreveu ele na postagem.
Na sexta-feira
(1º), o secretário participou de uma transmissão ao vivo com a deputada
Bia Kicis (PSL-DF) para apresentar os argumentos a favor das mudanças.
Em reuniões com parlamentares, Marinho tem distribuído um panfleto com os principais pontos da reforma da Previdência.
O material foi
produzido pelo governo e defende o modelo proposto para o valor
assistencial pago a idosos em condição de pobreza, o BPC (Benefício de
Prestação Continuada).
Esse é um dos
itens mais criticados por parlamentares, que já avisaram aos
interlocutores do presidente Jair Bolsonaro (PSL) da necessidade de
revisão.
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