O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do velório do
neto Arthur Araújo Lula da Silva, de 7 anos, ontem, em São Bernardo do
Campo (SP), após autorização da Justiça Federal no Paraná. Escoltado por
policiais federais, Lula – que cumpre prisão em Curitiba pela
condenação na Lava Jato – permaneceu no local por cerca de duas horas.
Segundo relatos, ele chorou muito, recebeu cumprimentos e prometeu ao
neto que provaria sua inocência.
“O Arthur foi um menino que sofreu muito bullying na escola, porque
era neto do Lula. Por isso, eu tenho um compromisso com você, Arthur, eu
vou provar a minha inocência e quando eu for para o céu, eu vou levando
o meu diploma de inocente”, afirmou, segundo disseram pessoas presentes
no velório.
“Vou provar quem é ladrão neste País e quem não é. Quem me condenou
não pode olhar nos olhos dos netos como eu olhava para você”,
complementou Lula, ainda de acordo com relatos.
Da cerimônia participaram dois pastores metodistas e um padre
católico. Lula consolou o filho Sandro Luis Lula da Silva e a nora
Marlene Araújo. No período em que permaneceu no cemitério ainda recebeu,
por cerca de meia hora, cumprimentos de mais de cem pessoas e o
telefonema do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. O
celular foi passado pelo ex-secretário da Presidência Gilberto
Carvalho. Entre as dezenas de coroas de flores enviadas à família de
Lula, havia uma em nome do presidente venezuelano Nicolás Maduro.
Ao deixar o local, Lula subiu no carro da Polícia Federal e acenou a
centenas de pessoas que lotavam a entrada do cemitério. Na hora que ele
desceu, o delegado da PF disse: “O senhor sabe que não devia ter feito
isso.” E Lula respondeu: O senhor sabe que eu devia.” Sem poder
conversar com o ex-presidente ou chegar perto dele, apoiadores rezaram
um Pai-Nosso em homenagearam o neto de Lula com gritos de “Arthur
presente agora e para sempre” Também cantaram ‘Olê, olê, olê, olá, Lula,
Lula’ e gritaram ‘Polícia Federal, vergonha nacional’.
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