A comerciante Jozielma Soares dos Santos, de 48 anos, que trabalha numa
oficina a cerca de 200 metros da Escola Estadual Professor Raul Brasil,
relatou o pânico vivido por alunos na manhã desta quarta-feira, quando
dois atiradores abriram fogo contra estudantes e funcionários
do colégio. Os criminosos deixaram seis vítimas e se suicidaram em seguida.
Jozielma contou que abrigou uma aluna que estava na escola na hora do massacre.
— Daqui da oficina deu para ouvir muitos tiros. De repente, começou a
sair muita gente correndo da escola. As crianças saíam correndo,
chorando muito, gritando. Uma menina entrou aqui na oficina desesperada,
pediu meu celular emprestado para ligar para a mãe, mas a ligação não
completava. Foi uma cena horrível — contou.
Segundo o relato da aluna abrigada por Jozielma, os atiradores começaram
o massacre logo após o sinal tocar, anunciando o início das aulas.
— Ela disse que eles diziam que iam matar todo o mundo, que iam jogar
uma bomba. Alguns alunos se trancaram no refeitório, e outros fugiram
pelo portão. O clima aqui está muito tenso, tem muitos pais chegando à
escola par aprocurar os filhos — contou a comerciante.
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