A tragédia que chocou o país hoje (13) e transformou a Escola
Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, a 57 quilômetros de São
Paulo, em um cenário de guerra é um quebra-cabeça em fase de montagem.
O tiroteio promovido por dois jovens provocou dez mortes e o mesmo
número de feridos. A Polícia Civil busca compreender o crime e já sabe
que houve um plano meticulosamente organizado.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, João Camilo Pires de
Campos, disse que policiais coletam depoimentos e provas. Segundo ele, é
possível confirmar alguns detalhes sobre o que ocorreu antes e durante
do massacre no colégio.
No começo da manhã, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz
Henrique de Castro, de 25 anos, foram à locadora de Jorge Antonio
Moraes, de 51 anos. Lá, eles atiraram contra Jorge, que era tio de
Guilherme, e deixaram o local em um carro Chevrolet Onix branco roubado e
seguiram para o colégio.
Como ex-aluno da escola estadual, Guilherme pediu para entrar no
colégio, por volta das 9h40, e foi autorizado. Era o horário de intervalo das aulas, muitos estudantes lanchavam e vários estavam fora das classes.
Não se sabe em que momento Guilherme colocou a máscara para não ser
reconhecido, mas a primeira pessoa atingida foi a coordenadora Marilena
Ferreira Vieira Umezo, 59 anos, depois Eliana Regina de Oliveira Xavier,
38 anos, funcionária do colégio. Os dois atiradores estavam juntos logo
na entrada.
Com base nos primeiros depoimentos, a polícia acredita que os dois
atiradores partiram para o ataque juntos. Quando eles se deparam no
Centro de Línguas com a porta fechada e perceberam que estavam
encurralados pelos policiais da força tática teriam se desesperado.
A polícia foi acionada por causa do assalto à locadora de veículos e
chegou à escola em oito minutos. Ao serem surpreendidos pelos policiais,
os dois jovens estavam preparados para entrar em uma sala lotada de
alunos. Neste momento, segundo o secretário, um jovem atirou no outro e
depois suicidou-se.
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