“Arrisco dizer que 90% dos comerciantes associados são totalmente
contra um protesto como esse de fechar a Ceasa”, declarou o presidente da Associação dos Permissionários da Central de
Abastecimento, Samuel Medeiros em Natal/RN. A manifestação iniciada pela madrugada
seguia impedindo a entrada e saída de veículos no local até a publicação
desta reportagem.
Para o empresário de produtos hortigranjeiros, a
manifestação “só atrapalha ainda mais algo que já não está bom”. Ele é
contra o argumento, usado para justificar o protesto, de que o preço
cobrado pelo espaço ficou elevado. “Não existe condomínio caro. Existe
condomínio ruim”, pontuou.
“Eu cheguei aqui em 1998 e pagava R$ 1.100 de condomínio. Em 2018, ou
seja, 10 anos depois, eu pagava R$ 1.400. No último mês, quando houve o
reajuste na cobrança, paguei R$ 2.200. Eu estou falando de minha loja,
que é enorme. Quem tem loja menor está pagando menos, obviamente. É
difícil achar um preço assim em qualquer outro ponto, principalmente,
com o fluxo que existe aqui”, elencou.
Samuel Medeiros teme até
que o protesto afugente clientes, que são diretamente afetados pelo
incômodo de não estarem tendo trânsito livre na Ceasa.
“O cliente é
o nosso patrão, e ele está chateado. Quem conseguiu entrar motorizado
na Ceasa não está podendo sair. Tem gente idosa aqui. A clientela está
chateada, e com razão. Já pensou se você vai a um shopping, faz suas
compras e fica impedido de sair com elas? Você não voltaria lá”,
comentou.
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