O
senador Jean Paul Prates (PT-RN) defendeu, nesta terça-feira, 16 de
julho, no Plenário do Senado, a liberação de recursos para a saúde do
Rio Grande do Norte. Ele justificou que a governadora Fátima Bezerra
recebeu o Estado em situação calamitosa e que desde março a saúde clama
por ajuda. “Não posso imaginar que o ministro da Saúde, que é um
democrata, um parlamentar brasileiro e gestor público, não se dê conta
da urgência que é salvar vidas”, afirmou.
Jean Paul destacou que além de não repassar o dinheiro solicitado, o
ministro da Saúde tem deixado de atender aos pedidos de agendamento para
tratar do plano emergencial de socorro para a saúde pública do Estado.
“Há quatro semanas atrás, a própria governadora veio pessoalmente a
Brasília para uma reunião que foi desmarcada em cima da hora, sem que
sequer o secretário adjunto ou algum substituto se dispusesse a tratar
do caso”.
Segundo Jean Paul, em março, a governadora Fátima Bezerra apresentou
ao secretário executivo do Ministério da Saúde um plano emergencial de
socorro para a saúde pública do Estado. O documento enumera soluções de
curto e médio prazos e tem como objetivo diminuir a superlotação das
unidades, conter as paralisações na prestação de serviços e evitar o
colapso da saúde pública. “O total dessa solicitação de recursos extras é
de pouco mais de R$ 220 milhões. Em maio, o pedido foi reforçado em
reunião da Governadora com toda a bancada do Estado do Rio Grande do
Norte, e com o próprio Ministro Luiz Henrique Mandetta”, esclareceu o
parlamentar.
Hoje, o Rio Grande do Norte tem acumuladas mais de 20 mil requisições
para a realização de ultrassonografia e 8 mil solicitações de
tomografia. Segundo o secretário de Saúde, Cipriano Vasconcelos, a falta
do repasse federal está contribuindo também para o atraso no pagamento a
fornecedores e prestadores de serviço. “Estamos todos na bancada
federal do Estado unidos no esforço de tratar do assunto e efetivar o
justo e necessário reforço financeiro para solucionar esse quadro
infeliz”, explicou.
O parlamentar espera que a não liberação do recurso seja por razões
partidárias ou tratamento diferenciado entre estados em situações
equivalentes. “Acredito que questões políticas e pequenos entraves
burocráticos não podem colocar em risco a população de um Estado,
sobretudo quando estamos tratando de uma área tão crítica quanto é a
saúde pública”, salientou.
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